A escola atingiu a maioridade. É um projecto consolidado e tem capacidade para continuar a ter sucesso" – assim o refere o director executivo e pedagógico da Escola Profissional da Praia da Vitória (EPPV), Domingos Borges.
À revista "Olhar o Mundo Rural", o responsável refere que, além do projecto pedagógico, essa consolidação será complementada com a construção das novas instalações da escola: "isso vai dar-nos outro alento, e permitir fazer o que já fazemos, mas com melhores condições e mais qualidade".
Trata-se de um investimento de 6,5 milhões de euros, recorda, que acaba por ser demonstrativo da credibilidade da EPPV: "a partir do ano que vem, em 2013/2014, vamos estrear um novo edifico, objecto de um financiamento público – 95 a fundo perdido por parte do ProConvergência–, o que significa que as autoridades regionais e instituições locais reconhecem-nos como um projecto credível e consolidado".
O novo imóvel, adiantou, permitirá não só "uma melhor gestão, com uma estrutura reunida num único só edifício", bem como alargar a oferta formativa: "podemos pensar em fazer cursos de nível V", explicando tratarem-se de cursos de especialização tecnológica (CET) que complementam "a formação dos nossos cursos de nível IV".
Questionado sobre a finalidade a dar à actual sede: "se não conseguirmos alienar, iremos, com certeza, dar uso a este imóvel".
CAPACIDADE
DE ADAPTAÇÃO
Domingos Borges destaca o facto de a escola ter dado "a cada momento, as respostas que nos são solicitadas. Temos essa capacidade de adaptação".
Actualmente, contabilizou, a EPPV tem mais de 40 por cento da sua oferta formativa na área da hotelaria, turismo e restauração, com os cursos de cozinha, recepção, bar, andares, pastelaria/padaria.
Mas a escola profissional oferece ainda cursos na área do controlo de qualidade alimentar, na construção civil, da electrónica/electricidade, mecânicas do frio e do gás , na agricultura, explicou.
"Temos diversificado a nossa actividade", adiantou, referindo que além dos cursos de nível IV (equivalente ao 12.º ano de escolaridade), a escola faz ainda formação de adultos, de activos, cursos para a rede Valorizar e para o CEFAPA.
Para Domingos Borges, que está à frente dos destinos da escola desde a sua fundação, a adaptabilidade é uma característica fundamental: "os desafios são constantes e as escolas profissionais quando perderem a dinâmica de serem versáteis, perdem a sua sobrevivência. Temos de ser instituições que, a cada momento, damos diferentes e versáteis respostas".
FEIRA PARA
OPTIMIZAR
Além da oferta formativa da escola, a instituição participa regularmente em projectos europeus, casos dos programas de aprendizagem ao longo da vida e de intercâmbio (Comenius, Leonardo Da Vinci, Grundtvig); no projecto Eco-Escolas para a educação ambiental; no EQUAL para a promoção da igualdade entre mulheres e homens no trabalho e na vida; no Parlamento Jovem, ao nível da representação escolar na assembleia regional açoriana; em iniciativas de Educação para a Saúde; e igualmente na criação e produção de produtos multimédia desenvolvidos por alunos e professores da escola, como CD-Rom´s educativos, banda desenhadas, o jornal da EPPV, entre outros.
A escola está igualmente envolvida, de forma regular, em diversos eventos e iniciativas, casos do Festival de Chocolate, entre muitos outros eventos culturais, sendo o mais recente e visível a organização da Feira de Gastronomia do Atlântico, no âmbito das festas da Praia da Vitória 2012: "foi uma experiência nova. A escola participou a nível de organização, com os seus quadros, não tanto ao nível dos seus alunos, nas áreas da hotelaria e controlo de qualidade alimentar", explicou Domingos Borges.
Trata-se de uma experiência "para continuar" com "optimização de sinergias" e integração de "novas actividades e áreas da escola, nomeadamente a área do gás, do frio, das instalações eléctricas".